O Cultura de Garagem tem como principio básico ser um reduto de nostalgia, um templo pra lembrar o que em determinada época de nossa vida nos fez tão bem e que pode ser ou ter sido importante a tantas pessoas, um lugar pra discutir todas as formas de arte de maneira lúdica e sensata respeitando o gosto de cada um, então fique a vontade pra viajar por esse universo.
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Let's Rock!



Prologo!
Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.
Historia:

Foram cinco décadas bem vividas. O rock’n’roll, quem diria, está fazendo 50 anos regados a sexo, a drogas e a ele próprio. Não pensem que foi uma vida fácil: entre tapas e beijos, o rock viveu um romance conturbado com a sociedade. Numa hora, era o queridinho de todos, para logo depois ser chutado e escorraçado como um cão sem dono.

Nesse meio século, o rock’n’roll foi celebrado por multidões, massacrado pela Igreja, explorado por publicitários, dissecado por historiadores, cooptado pela moda, malhado por puristas, dignificado pelos Beatles e maltratado por Bon Jovi e Simply Red. Passou por bons e maus bocados, e chegou a ser dado por morto algumas vezes. Mas, como fênix, sempre deu um jeito de reaparecer, resgatado das trevas por algum adolescente talentoso e entediado. É uma história e tanto.
Elvis Presley
Segundo historiadores, o marco zero do rock teria acontecido em julho de 1954, quando um caminhoneiro chamado Elvis Presley entrou no Sun Studios, em Memphis, e gravou “That’s Allright Mamma”.
Vamos deixar uma coisa bem clara: Elvis não inventou o rock. Antes dele, gente como Chuck Berry e Bill Halley já tocavam rock. Desde o fim dos anos 40, “rock’n’roll” era usado em letras de música como sinônimo de “dançar” ou “fazer amor”. Em 1952, o radialista Alan Freed – que depois viria a reivindicar a criação do termo – batizou seu programa de Moondog’s Rock and Roll Party.
Se não criou o rock’n’roll, Elvis ao menos pode ser considerado o mensageiro que apresentou o rock ao mundo. Era o homem certo no momento certo: bonito, talentoso e carismático. Mais importante: era branco e, por isso, aceitável para a América dos anos 50. “Eu agradeço a Deus por Elvis Presley”, disse o negro Little Richard, um dos grandes pioneiros do rock. “Ele abriu as portas para muitos de nós.”
A tarefa de Elvis não foi fácil: a sociedade norte-americana demorou bastante para aceitar aquele branco que cantava e dançava como um negro. Em uma de suas primeiras apresentações na TV, as câmeras o filmaram apenas da cintura para cima, sem mostrar aquele quadril que teimava em rebolar. Elvis, ao contrário de vários outros ídolos da época (como Pat Boone, por exemplo), nunca renegou a origem de sua música. “O que eu faço não é novidade”, disse. “Os negros vêm cantando e dançando dessa forma há muito tempo.”
Se a vida nos anos 50 não era moleza para um roqueiro branco como ele, o que dizer de artistas negros como Little Richard, Chuck Berry, Bo Diddley e Fats Domino? Num país de escolas segregadas, que ainda via negros serem linchados, o simples fato de um artista negro viajar para mostrar sua música assumia proporções épicas de heroísmo e bravura.
Fats Domino
Uma história emblemática do período é a de Shelley “The Playboy” Stewart, um radialista negro que apresentava um programa de rock na estação WEDR, no Alabama. O programa de Stewart atraía um público predominantemente branco, que aprendera a gostar dos artistas “de cor” que o DJ tocava.
No dia 14 de julho de 1960, Stewart estava apresentando um show na cidade de Bessemer, quando recebeu um aviso do dono do clube: a Ku Klux Klan, temida organização racista, havia mandado 80 homens para atacá-lo. Os encapuzados cercavam o clube e ameaçavam invadir o local. Sem perder a calma, Stewart avisou à platéia – formada por 800 brancos – que teria de parar o show. Foi aí que o inesperado aconteceu. “Os jovens que estavam no clube se rebelaram”, disse Stewart, anos depois. “Eles saíram correndo do local e atacaram a Klan, lutando por mim.” A simbologia do fato é forte demais: brancos lutando contra brancos, pelo direito de ouvir música negra.
Sim, o rock’n’roll é música negra. Como o blues, o samba e o hip hop, o rock nasceu da escravidão e tem suas origens na migração forçada de milhões de africanos, que foram tirados de suas aldeias e jogados em terras estranhas. Todos esses gêneros musicais têm duas características comuns, herdadas da África: a primeira é a predominância de uma base rítmica constante e repetitiva; a segunda é a utilização da música de uma forma emocional e espiritual. Nas colheitas de algodão dos Estados Unidos, os escravos cantavam para celebrar sua espiritualidade e seus ancestrais. Também cantavam sobre as mazelas da escravidão, estabelecendo assim uma relação direta entre sua música e a realidade social. O rock herdou essa capacidade de radiografar o presente.
Na época, a sociedade americana começava a abandonar preconceitos seculares. De uma certa forma, a explosão do rock simbolizou uma América nova, mais liberal, próspera e livre das dificuldades econômicas do pós-guerra. Adolescentes brancos começaram a curtir uma música antes relegada a salões de baile nos bairros negros e pobres.
Carl Perkins
Em 1956, “Blue Suede Shoes”, de Carl Perkins, tornou-se a primeira música a chegar ao topo das paradas de pop, rhythm’n’blues e country. O fato representou um marco não só para a música, mas para toda a sociedade americana. Pela primeira vez, brancos e negros estavam gostando da mesma coisa. Em 1959, outra canção, “The Twist”, de Chubby Checker, também uniu o país. O ativista e autor Eldridge Cleaver, fundador do grupo radical Panteras Negras, escreveu: “A canção conseguiu, de uma forma que a política, a religião e a lei nunca haviam sido capazes, escrever na alma e no coração o que a Suprema Corte só havia conseguido escrever em livros”.
O rock’n’roll não mudou a sociedade, mas serviu como espelho de mudanças e tendências. Claro que ninguém deixou de ser racista ao ouvir Elvis Presley cantando música “de negros”, mas o simples fato de Elvis aparecer em cadeia nacional, rebolando os quadris e celebrando uma cultura marginal, mostrava que o país estava mudando.
Paralelamente ao surgimento do rock, a sociedade norte-americana via o aparecimento de outro fenômeno, que se tornaria vital para a explosão do rock’n’roll: o adolescente.
Até meados do século 20, adolescentes tiveram uma vida dura nos Estados Unidos. O país havia passado por duas guerras mundiais e pela Grande Depressão; ser jovem por lá significava trabalhar duro e ajudar os pais a sustentar a casa.
Para a sociedade de consumo, o adolescente não existia. Não havia música ou filmes feitos especialmente para eles. Pais e filhos eram obrigados a gostar das mesmas coisas: as big bands de Tommy Dorsey e Benny Goodman, as baladas de Nat King Cole e Frank Sinatra, a cafonice de Pat Boone e Perry Como.
Depois da Segunda Guerra, tudo mudou: os Estados Unidos entraram numa fase de prosperidade, a economia cresceu e os adolescentes, que antes davam duro ajudando os pais, passaram a receber mesada. Isso criou um novo mercado, voltado unicamente para o jovem.
O Selvagem (1954) Marlon
Hollywood logo entrou na onda, lançando filmes direcionados aos adolescentes. Dois deles, O Selvagem (1954) e Rebelde sem Causa (1955), revelaram Marlon Brando e James Dean interpretando jovens em conflito com a geração de seus pais. A rebeldia estava na moda. Daí surgiu Elvis Presley, dando voz a uma geração cansada da caretice dos pais.
A sociedade de consumo não demorou para perceber o potencial do filão jovem. Foi só aí que o rock explodiu na América. E tome filmes, revistas, livros, badulaques, calendários e todo tipo de bugiganga direcionada aos novos consumidores. Elvis, o rebelde, tornou-se uma figura tão familiar aos lares americanos quanto o presidente Eisenhower.
As gravadoras, que nunca gostaram de arriscar, trataram de diluir o rock em fórmulas açucaradas, bem ao gosto do público branco médio. O canastrão Pat Boone, por exemplo, gravou Tutti Frutti, mudando a letra (escrita por Little Richard, negro, homossexual e orgulhoso), para não chocar as boas moças da América. Foi um estouro. Era a tal coisa: “rock sim, mas limpinho, por favor”.
Apesar do sucesso, muita gente previa um fim rápido para o rock. O gênero era visto como uma moda passageira, a exemplo do calipso ou de tantas outras que tiveram seus 15 minutos de fama na América.
Para piorar, os roqueiros passavam por maus bocados no fim dos anos 50: Elvis Presley foi para o Exército, Chuck Berry ficou preso dois anos por ter atravessado uma fronteira estadual com uma prostituta menor de idade, Little Richard abandonou o rock e virou pastor depois de “ouvir o chamado de Deus” durante um vôo turbulento, Jerry Lee Lewis arruinou a carreira ao casar com uma prima de 13 anos, Buddy Holly morreu em um acidente de avião, que matou também Ritchie Valens (La Bamba) e Big Bopper (Chantilly Lace), e Eddie Cochran morreu em um acidente de carro. Quando o futuro do rock’n’roll parecia negro, surgiram os Beatles.
A influência dos Beatles é incalculável. Musicalmente, eles elevaram o rock a um nível até hoje inigualado, estabelecendo parâmetros e modelos para toda a música pop. Suas experimentações abriram novas possibilidades sonoras e ampliaram os horizontes musicais das gerações posteriores. Culturalmente, eles foram igualmente importantes: carismáticos, irreverentes e cheios de sex-appeal, eles surgiram no mundo como um sopro renovador, obliterando a caretice da década de 50 e inaugurando uma era mais livre e esperançosa – os anos 60.
Beatles
O surgimento do rock e de seus primeiros ídolos – Elvis, Beatles, Rolling Stones – mudou a relação entre a música e o público. Até o rock aparecer, o “músico” – fosse produtor, instrumentista ou compositor – era visto como um profissional muito qualificado. Compositores de “música popular” eram sofisticados como Cole Porter e Irving Berlin; cantores eram Frank Sinatra e Bing Crosby.
O rock democratizou a música pop. Subitamente, qualquer um podia subir em um palco e cantar. Elvis, um caipira ignorante, passou a freqüentar as paradas de sucesso ao lado de Sinatra e Nat King Cole (dá até para entender por que Sinatra, acostumado a trabalhar com músicos experientes, não aceitou o novo estilo: “rock’n’roll é a coisa mais brutal, feia e degenerada que eu já tive o desprazer de ouvir”, disse o “olhos azuis”).
Essa “democracia” do rock teve um efeito imediato: os artistas ficaram cada vez mais parecidos com seu público, tanto em idade quanto em classe social. Os jovens passaram a se identificar mais com seus ídolos, estabelecendo uma relação mais próxima com a música. O rock também passou a buscar na sociedade – especialmente nos jovens – os temas de suas canções. Essa troca fez do rock a música mais popular e culturalmente impactante do século 20.
Para muitos, esse estreitamento entre artista e público também causa um declínio gradual na qualidade da música. A cada ano, um número maior de pessoas sem treinamento musical tem acesso a tecnologias de composição e gravação. Hoje, aparelhos como samplers e placas de som permitem a qualquer um gravar um disco em casa. E popularização raramente é sinônimo de qualidade.
O fato é que nenhuma outra música esteve tão sintonizada com a realidade de seu tempo quanto o rock. Desde os anos 50, ele passou a ser um espelho da sociedade, refletindo a moda, o comportamento e as atitudes dos jovens. Isso fez do rock uma música com prazo de validade, ou seja, tão ligada no “hoje” que corre o risco de sair de moda rapidamente, junto com os temas abordados (para confirmar, basta assistir a qualquer videoclipe de dez anos atrás).
Isso cria situações interessantes: o que é “bacana” e “moderno” para uma geração torna-se ultrapassado para a próxima. Sendo um gênero que se alimenta sempre do novo, o rock’n’roll gera conflito entre seus fãs. Um movimento surge como resposta ao anterior e assim por diante, numa renovação incansável.
Esses conflitos, mais que interessantes, são necessários: sem eles, estaríamos condenados à eterna repetição. Foi a partir desses “rachas” que nasceram alguns dos movimentos mais influentes do rock, como o punk, basicamente uma reação ao comercialismo e à pompa do rock dos anos 70, que havia perdido a identificação com as gerações mais novas. Ao contrário do que ocorria antes do rock’n’roll, agora ficou fora de moda curtir a mesma música que os pais. Mas isso é cíclico, claro: com o passar dos anos, a indústria descobriu o potencial do saudosismo. Hoje, temos canais de televisão que vivem de reembalar artistas velhos como se fossem a última novidade. E veteranos – como o Aerosmith, por exemplo – que, graças a seus clipes na MTV, reinventam-se para um público que nem era nascido quando eles faziam sua melhor música.
Os Beatles são um bom exemplo da capacidade do rock de se adaptar a cada época. Para entender as mudanças ocorridas nos anos 60, basta olhar as fotos do grupo durante o período. Nos primeiros anos, vestidos com terninhos idênticos e cabelos bem penteados, os quatro eram a imagem perfeita do otimismo da era Kennedy. Depois, como todos, abandonaram a inocência: os cabelos cresceram e os sorrisos deram lugar ao cinismo, enquanto Kennedy era morto e a guerra começava no Vietnã. No fim da década, quando jovens faziam passeatas na Europa, Martin Luther King era assassinado e o conflito do Vietnã piorava, os Beatles buscaram consolo espiritual na Índia, renegando o comercialismo ocidental. A banda acabou melancolicamente, junto com uma década que começara cheia de promessas e que terminava em guerra e decepção.
Não foram os únicos roqueiros que se tornaram símbolos de uma era: Bob Dylan, Jimi Hendrix e Jim Morrison também viraram ícones dos anos 60, tanto quanto o símbolo da paz ou o rosto de Che Guevara. Sid Vicious é, até hoje, a imagem mais reconhecível da rebeldia punk. E basta um passeio por qualquer grande cidade para ver, a qualquer hora, jovens usando camisetas com o semblante triste de Kurt Cobain.
Jim Morrison
Esses rostos passaram a representar mais que a simples paixão por uma banda ou artista: tornaram-se símbolos de um estado de espírito e de um jeito de ser. A iconografia, claro, reduz tudo a seu nível mais rasteiro – e um artista como Kurt Cobain, autor de dezenas de músicas, acabou reduzido a garoto-propaganda do suicídio e da alienação adolescente. John Lennon foi assassinado e virou “marca”, transformado, como Gandhi, em símbolo de paz e amor. Logo ele, que nunca escondeu ter sido um pai ausente e que tratou Paul McCartney como um cachorro sarnento depois do fim dos Beatles. O rock simplifica tudo.
Talvez seja essa a razão de seu sucesso. Como bem disse Gene Simmons, do Kiss: “Eu não sou Shakespeare. Mas ganhei muita grana e transei com mais de 4 mil mulheres. Tenho certeza de que Shakespeare trocaria de lugar comigo a qualquer hora”. Quem duvida?

Figuras Históricas do Rock:
Chuck Berry
Bob Dylan
Jimi Hendrix
Johnny Cash
Robert Smith
Kurt Cobain

Renato Russo

Espero que tenham gostado e feliz dia do Rock a todos!
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terça-feira, 3 de maio de 2011

JAIR NAVES!

“Eis que de repente me surgi Jair Naves e seu Fabuloso EP Araguari!”

Posso dizer sem medo de ser injusto que o trabalho de Jair Naves, Eduardo Praça, Ezekiel Underwood, Fábio Sant'anna e Júlio Santos ou simplesmente “Ludovic”, se tornou pra mim uma das experiências musicais mais agradáveis e proveitosas dos últimos tempos .
Ludovic!

 Mas como tudo o que é bom tem seu fim, após 8 anos de estrada de sangue e lagrimas essa que sem duvida é uma das bandas mais marcantes do cenário Underground chega a seu fim, deixando um espolio de 2 fabulosos discos que este babaca não cansa de ouvir.
Algum tempo passa (Dois Longos Anos) e Eis que de repente me surgi Jair Naves e seu Fabuloso EP Araguari! Tentar expressar aqui o que senti ao ouvi-lo seria perda de tempo é muita coisa, só ouvindo mesmo pra entender.
Jair ressurgiu de algum lugar entre o céu e o inferno e ao lado de Daniel Guedes (guitarra e voz). Helena Duarte (baixo) e Alexandre Xavier (piano) Mark Paschoal (bateria e voz). Trouxe Quatro canções belas, poéticas e introspectivas, que novamente esse babaca não cansa de Ouvir.

    EP: Araguari!
EP Araguari!


 1 - Araguari I (Meus Amores Inconfessos)

 A Musica começa com sons e fala de um trecho do filme “O Caso dos Irmãos Naves” Muita conhecidencia alias, visto que o caso é real e que aconteceu em Araguari Cidade natal do Cantor e ele e os irmãos tem o mesmo sobrenome, sobre isso ele disse “Perguntei sobre isso para alguns parentes mais velhos e o máximo que eu consegui descobrir é que havia alguma proximidade entre a família de Sebastião e Joaquim (os tais “irmãos Naves”) e a da minha avó paterna. Por tudo acho muito provável que exista alguma espécie de parentesco sim, mas não posso afirmar nada”.
Essa canção parece ser uma das mais pessoais do EP triste e bela nos obriga a pensar sobre tudo o que nos trouxe aqui sobre nossas escolhas e os erros que cometemos e sobre a “inocência que deixamos em Araguari” e sobre a saudade de “Cada palco que pisamos e notas que cantamos”

 2 – Silenciosa

 A musica mais triste do EP, um tanto quanto desapegada a esperança ela clama em seus doces versos “Passou, passou Um dia eu me conformo e paro de me culpar Passou, acabou Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar? Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar” Uma visão estranha, me parece que todo o peso da felicidade de alguém foi posto nas costas de outra pessoa e quando a primeira notou que a segunda não poderia fazê-la feliz ela desistiu.
Mais então você nota que ambos se feriram nesse estranho processo e que ao fim deve haver uma esperança como aponta o verso “Deve haver em tudo isso alguma lição algo a ser aprendido, uma compensação para o quanto nós nos ferimos”. (Quando vejo o Jair & Cia Ao vivo sinto falta da voz doce da Júlia Frate nessa musica principalmente). 

3 - De branquidão hospitalar

Gosto muita dessa, da letra e da balada também e da forma como ela é entoada pela banda. Há um trecho que acho fabuloso “O que em mim você reconhece, eu reconheço em você” simples e extremamente paradoxal, toda a canção é assim, e algo me diz que a pessoa no “Cômodo abafado” e a pessoa que por ela se apaixona são a mesma pessoa, por isso o uso de “Paradoxal” acima, note os últimos versos. “Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só) Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só) Quando eu menos esperava, a vida não falhou em me surpreender (não estou só) Nada mais me entristece agora que eu encontrei você (não estou só)”  

4 - Araguari II (Meus Dias de Vândalo) 

O encerramento perfeito, faltam palavras pra descrever essa musica como todo o EP ela é perfeita.  Se em Araguari I Jair diz “E ainda me dá um nó na garganta pensar nos sonhos que eu sonhei, na leveza dos amores que eu desperdicei As brigas que eu comprei, Meus amores inconfessos, Os sonhos que eu sonhei...” e a musica parece ter um certo saudosismo desta cidade em Araguari II ele Completa “Assim que os meus dias de vândalo terminarem, eu sei que me levarão pro céu E farão com que eu narre os meus escândalos sem que eu me gabe, com o constrangimento abatido de um réu Talvez fosse preferível que eu nunca tivesse saído de onde eu nasci, de Araguari...” Como se as duas musicas fossem partes de um único todo. 

OUÇA E BAIXA JAIR NAVES

http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/jair_naves

ESCUTE TAMBEM LUDOVIC

http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/ludovic

domingo, 2 de janeiro de 2011

Vampiros!

O conceito específico dos mortos retornando para atacar e se alimentar do sangue dos vivos encontrou sua maior expressão na Europa cristã. No séc. XII, O historiador inglês William de Newburgh relatou diversos casos de mortos retornando para aterrorizar, atacar e matar durante a noite. Identificou-se esse tipo de espírito maligno com o termo latino sanguisuga. Na maioria dos casos sobre os quais escreveu, a única solução permanente era desenterrar e queimar o corpo do assaltante acusado. Do séc. XVI ao séc. XVIII ocorreu vários relatos na Europa oriental. Várias palavras foram usadas para designar estas criaturas, tais como, vukodlak (extraída da palavra que designa lobisomem) ou outros termos usados na Sérvia, vampir (de origem questionável) e palavras relacionadas (como a palavra russa upyr), também se disseminaram.


“The Vampire” (1897), de Philip Burne-Jones


Em fins do séc. XIX, o romance Drácula, de Bran Stoker, iniciou a era da ficção que continua até hoje. Drácula criou o Vampiro vilão definitivo, utilizando elementos de Polidori e Le Fanu para produzir um pano de fundo gótico para história de um predador aristocrático profano saído do túmulo, que hipnotiza, corrompe e se alimenta das lindas jovens que mata. Stoker revelou todo o impacto das conotações psicossexuais envolvidas entre o relacionamento Vampiro e vítima, mostrando uma notável semelhança entre a ânsia de sangue dos mortos-vivos e a sensualidade reprimida dos simples mortais. Um elo psíquico ainda mais profundo está indicado quando uma vítima do sexo feminino é forçada a beber o sangue de Drácula como parte de sua transformação em Vampira.


O que é um Vampiro? Você deve estar se perguntando. A definição comum, nos dicionários, serve como referência para a investigação: Vampiro é um cadáver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos e assim reter a aparência da vida. Esta descrição certamente se adapta a Drácula, o Vampiro mais famoso, mas é apenas um ponto de partida e rapidamente se prova inadequada quando nos aproximamos do reinado do folclore vampírico. De modo algum todos os Vampiros se encaixam nesta descrição.Nem todos os Vampiros são corpos ressuscitados, alguns são espíritos desencarnados, como os lamia da Grécia, também são os humanos normais com hábitos incomuns (como beber sangue) ou um poder extraordinário (como a possibilidade de "drenar" as pessoas emocionalmente). Os animais Vampiros, do tradicional morcego aos deliciosos personagens infantis como Bunnicula e Conde Duckula, não estão de nenhuma forma ausentes na literatura. Portanto, Vampiros existem de várias formas, mesmo sendo a maioria de cadáveres que ressuscitam. Como o conhecido por todos, uma das características dos Vampiros é a que eles tem que sugar sangue de pessoas ou animais para sobreviver, mas alguns Vampiros não sugam sangue, na verdade só drenam a força vital de suas vítimas.


A pessoa atacada por um Vampiro tradicional sofre pela perda de sangue, o que causa fadiga, perda da cor no rosto, apatia, motivação esvaziada e fraqueza. Várias doenças que envolvem a perda do sangue também tem os mesmos sintomas.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.


Histórias sobre vampiros são bastante antigas e aparecem na mitologia de muitos países, principalmente dos da Europa e do Médio Oriente, na mitologia da Suméria e Mesopotâmia, onde surge como filho de Lilith, se confundindo com Incubus. Contudo as referências mais antigas a seres vampíricos vêm do Antigo Egipto, destacando-se nesta mitologia a sanguinária Sekhmet e o Khonsudo Pre-Dinástico, como é bem visível na tradição vampírica da Aset Ka. 


Pequenas reflexões sobre o tema:


Não obstante pessoas que adotam tal mitologia como religião não são raras, grupos góticos de vários pontos tratam o tema com tamanha convicção que chega a beirar o fanatismo (Isso quando não o é!), outros dos quais faço parte, gostam da mitologia e curtem a idéias, (Assim como gosto de Teologia, mitologia Grega, Nórdica, Egípcia etc!). Isso sem Me rotular de Porra alguma, apenas gosto!
Susseso de vendas por que será?
Uma crescente onda de produtos pra esse publico vêem sendo criado e divulgado na mídia, pra ser Honesto o tema “Vampiro” é Vibe do momento! Isso não é de agora acho que tudo começou com Anne Rice, transformando os vampiros, numa coisa mais cult por assim dizer, em seus romances Anne trás os Vampiros pra mais perto dos Humanos, Em seus livros ela invariavelmente apresenta seus vampiros como indivíduos com suas paixões, teorias, sentimentos, defeitos e qualidades como os seres humanos mas com a diferença de lutarem pela sua sobrevivência através do sangue de suas vítimas e sua própria existência, que para alguns deles, é um fardo a ser carregado através das décadas, séculos e até milênios. Tratando o tema de forma comercial Anne ganhou seus milhões e seus Livros estão na Cabeceira de todo Gótico que se presa!  (Quero deixar claro que gosto dos livros dela, mas os vejo como são produtos a um grupo distinto de pessoas, não como manuscritos de uma verdade superior!)


Esse é o que eu tenho em casa!
Sempre terei como o Melhor romance “Vampirico” o obra de Bram Stoker, comprei a vários anos uma versão Arcaica do livro de um camelô e simplesmente me apaixonei por ele, sem clichês padrões que estou cansado de ver em tantos filmes, series e Etc, tratando o Vampiro como ele é “um mau a ser combatido”, a Forma com Stoker escreveu seu conto em forma epistolar dá a ele um ar de veracidade. Fantástico está pra nascer alguém que escreva algo melhor com personagens mais belos e profundo, Drácula, DrAbraham Van Helsing, Jonathan Harker e seus amigos John Seward, Quincey Morris e Arthur Holmwood, Aliais as Ultimas paginas na derradeira batalha é sem duvidas uma das mais lindas lutas, a carruagem em disparada o sol sumindo no horizonte, simplesmente lindo, nada de lutas grandiosas apenas a necessidade de livrar o mundo de um mau. Uma fato que gostaria de apontar é quanto a adaptação do livro pro cinema, o Ótimo “Drácula de Bram Stoker” Esse poderia ter sido perfeito se os roteiristas não tivessem colocado na historia a morte da mulher do Conde, (Quem leu o livro sabe ele não tinha e nunca teve Mulher), Fato que trás uma motivação pra maldade e derrocada do vampiro.



Eu gostaria de recomendar um Excelente livro sobre vampiros, Salem's Lot  (no Brasil “A Hora do Vampiro”) de Stephen King, No livro King narra com maestria a tomada da cidade por um vampiro “Barlow”, fato que só ocorre depois de muitas paginas, antes disso, King está tecendo uma teia com uma infinidades de belos e assustadores personagens, humanos!